sexta-feira, julho 27, 2007
Quinta Tese da Superficialidade
A Superficialidade pela Decepção.


A profundidade e o tempo se definem.
O tempo define.
O profundo impera.
Noc Deus havia se expandido ao extremo.
Já era infinito, suponha, certo de sua consciência elastecida.
Mesmo para ele, os limites imperam.
Afinal, ele mesmo produziu os limites.
A consciência.
Poderia para fora.
Mas não para dentro.
Interior.
Cada anjo era um e Noc Deus se tornou o outro.
Outro por superação.
Outro por nojo.
Outro por não ser Deus e sim concreto, como a carne dos anjos.
Para ser um somente necessitaria entrar.
Raciocinio lógico, afinal ele o criou.
Estava sob o império de suas leis.
Percebeu.
Mas não expandir.
Ficar junto.
Mas ser um e outro ao mesmo tempo é ser nada, numa tese oposta.
Somente era permitido ser perto.
Nunca igual.
Não existia mais Noc Deus.
Apenas a sua patética sombra.
Est-Deus.
A decepção terrena.
Promessas.


Existem promessas que devem ser cumpridas.
Outras não.
Aquelas que nasceram das promessas não cumpridas.
Abortadas por sua origem impura.
Quer na terra, quer no inferno.
Deve-se cumprir.
Uma promessa.
No céu, não se precisa cumprir promessas, pois os deuses inventam as mentiras.
Sendo verdade quando eles querem que sejam.
Entre humanos é diferente.
Se não cumpre, você perde.
Algo que você nunca imaginou diante disso tudo.
Se você não cumpre.
O rio leva a areia.
E se você continua.
A areia leva o rio.
E não há mais caminho para quem.
Prometia um caminho.
Junto a ti.
Colocado por Valdemiro as 3:48 PM