quarta-feira, novembro 14, 2007
O brado da guerra




Existe alguém
Esperando por você
Que vai comprar
A sua juventude
E convencê-lo a vencer...
Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
Aumenta a produção...
Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Pra que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...
Existe alguém
Que está contando com você
Pra lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...
E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...
Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...
Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...
Existe alguémQue está contando com você
Pra lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...
E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...
Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...
Veja que uniforme lindo
Fizemos pra você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...
O senhor da guerra
Não gosta de crianças...
Colocado por Valdemiro as 9:14 PM 0 Comentário(s)

segunda-feira, outubro 22, 2007
Primeiro passo.

Tudo que necessito se reduz a um primeiro passo.
Colocado por Valdemiro as 6:29 AM 1 Comentário(s)

domingo, outubro 07, 2007
Retrocesso.

...nunca tudo esteve tão evidente.
A ponto de não se temer o inevitável.
A redução ocorre naturalmente.
Como se o restante não passasse de tempo e um sincero pedido de desculpas.
Pois estamos entre as safras.
No momento preciso do qual o nada acontece.
Pois o auge e as fraquezas estão quase expostos.
É certo o quase.
Quase por certo uma única atitude.
Frente a própria inquietude e frustração.

Aqui encontro o meu retrocesso.
Caminho de volta ao cotidiano.
O qual as pessoas morrem todos os dias.
E o medo visita a cada noite ao lado da cama.
Para propôr meu silêncio a uma vida de fantasia.
Ando de mãos dadas ao meu retrocesso.
Pois tenho que sentir minha carne cortar.
Ouvir os lamúrios nos cemitérios.
Gritar com a fome que corrompe os espíritos agonizantes.

Na profundidade.
Encontro o meu eu-retrocesso.
Para que a morte me tome todos os dias.
E tenha que fazê-lo a cada dia de sua medíocre existência.
Pois lá.
Eu sempre estarei.
Colocado por Valdemiro as 6:20 PM 2 Comentário(s)

quinta-feira, agosto 30, 2007
Por onde ir...?

Consulta ao oráculo do dia.

Por favor, deixem suas previsões para meu futuro de forma clara, organizada e coerente.
Agradeço a compreensão.
Obs1: Em tempo, não pagarei pelo serviço, contentem-se com a boa, velha e sempre recorrível moral cristã. Se Cristo não serve, há uma boa variedade de doutrinas-modelo no mercado, escolha as que estão na promoção.
Obs2: Se quiserem, convoquem entidades de qualquer culto para balizarem suas opiniões. Neste caso, somente identifiquem a entidade, vocês somente serão meros utensílios para suas manifestações divinas.
Obs3: Existem especificidades na vida bastante incoerentes. Se analisarem direito, não existe motivo para que se produza pannetone.

Colocado por Valdemiro as 12:50 PM 0 Comentário(s)

sexta-feira, agosto 10, 2007
Casulo
O maior ser vivente é o tempo.
Sendo a vida seu momento epifânico.
Todo homem precisa de um casulo.
Onde se encontrará com tempo.
Em carne viva ele arderá.
Durante o tempo necessário.
E perceberá que fora de lá existe o sol e a lua.
O casulo ficará fechado até o tempo se perder.
Se existe um ganho, existe uma perda necessária.
Se existe um risco, existe um prejuízo presumido.
Se existe sorte, a técnica não suprirá sua vitória.
Um casulo é a maior demonstração do tempo sobre o homem.
A maior vitória sobre todo tempo perdido.
Sendo homem todo casulo é transitorio.
Assim como sua vida.
Seu sentimento.
Seu olhar.
Fora do casulo e com o tempo presumido não existirá mais homem.
Nem casulo.
Somente tempo perdido.
E tempo ganho.
Colocado por Valdemiro as 6:26 PM 1 Comentário(s)

quarta-feira, agosto 01, 2007
Contaram-me umas coisas ontem a noite...

Acho que precisava conversar ontem...
Realmente o dia foi estranho.
Quero somente observar...
E ficar psicótico com isso.
Na verdade a vontade é de me entregar a qualquer coisa que me consuma por inteiro...
E que me dê alguns flashs de realidade de vez em quando.
Meio contraditório não?
Ontem a noite só queria sentir ódio...
Um ódio tão puro que me fizesse sentir passado.
Onde não dependia de nada para fazer as coisas.
Não tinha receio de prova da OAB.
E ficava ansioso para mostrar quem era o melhor no pedaço.
A vida muda.
Talvez a gente perca a confiança diante da velhice.
Ou a gente fique velho antes do tempo.
Somente um desejo simples.
Sem grandes ambições.
Quem sabe na volta possa aproveitar melhor isso tudo que está ao meu redor não é mesmo...
Não sei se serei uma pessoa melhor.
Mas com certeza vou evitar de passar por isso de novo.
Em memória de Ceres, minha querida professora.
Colocado por Valdemiro as 8:16 AM 0 Comentário(s)

sexta-feira, julho 27, 2007
Quinta Tese da Superficialidade
A Superficialidade pela Decepção.


A profundidade e o tempo se definem.
O tempo define.
O profundo impera.
Noc Deus havia se expandido ao extremo.
Já era infinito, suponha, certo de sua consciência elastecida.
Mesmo para ele, os limites imperam.
Afinal, ele mesmo produziu os limites.
A consciência.
Poderia para fora.
Mas não para dentro.
Interior.
Cada anjo era um e Noc Deus se tornou o outro.
Outro por superação.
Outro por nojo.
Outro por não ser Deus e sim concreto, como a carne dos anjos.
Para ser um somente necessitaria entrar.
Raciocinio lógico, afinal ele o criou.
Estava sob o império de suas leis.
Percebeu.
Mas não expandir.
Ficar junto.
Mas ser um e outro ao mesmo tempo é ser nada, numa tese oposta.
Somente era permitido ser perto.
Nunca igual.
Não existia mais Noc Deus.
Apenas a sua patética sombra.
Est-Deus.
A decepção terrena.
Promessas.


Existem promessas que devem ser cumpridas.
Outras não.
Aquelas que nasceram das promessas não cumpridas.
Abortadas por sua origem impura.
Quer na terra, quer no inferno.
Deve-se cumprir.
Uma promessa.
No céu, não se precisa cumprir promessas, pois os deuses inventam as mentiras.
Sendo verdade quando eles querem que sejam.
Entre humanos é diferente.
Se não cumpre, você perde.
Algo que você nunca imaginou diante disso tudo.
Se você não cumpre.
O rio leva a areia.
E se você continua.
A areia leva o rio.
E não há mais caminho para quem.
Prometia um caminho.
Junto a ti.
Colocado por Valdemiro as 3:48 PM 0 Comentário(s)