Seria impossível estar entre os deuses e os homens em todas as noites de frio e nuvens esparsas naquela esquina de subúrbio.
Nem deuses.
Nem homens.
Gritariam do fundo dos seus corpos seus desejos lascivos e infantis, por um toque mais profundo. Onde estariam eles então?
Nem corpos.
Nem desejo.
Para colocar fogo no mundo. Começando pelas crianças. As pequenas puxando o calor e a carroça com seus trapos de domingo.
Nem fogo.
Nem crianças.
Se tranformarão em cinzas tranquilamente. E seus gritos ecoarão com a crise hipotética do passado. A teórica esperança não se faz futura. Nem está presente nas labaredas.
Nem cinzas.
Nem labaredas.
Iluminando.
E naquela noite de deuses e homens.
Seria somente o problema de deuses e homens.
Somente seria problema homens e deuses.
Nem noite.
Nem problema.
Deuses e homens são fardos pesados para uma escolha. Escolha pesada para um sonho. um sonho da noite de deuses e homens.
Nem fardo.
Nem sonho.
Com um pesadelo de deuses e homens que nunca morrem.
Somente existem.